domingo, 9 de setembro de 2012

Sentimentos, passagens, confusões e algo mais

Não que isso fosse algo que me incomodasse, não, de maneira alguma. Eu acordei um dia, escovei os dentes, me troquei, tomei café e sai, em busca de alguma coisa. Algo que nem eu mesma sabia o que era, que me corroía por dentro, que me procurava, que me assediava. Eu gostava daquilo e ao  mesmo tempo, não sabia até onde poderia me levar.

Deixei me envolver, me iludir, me tripudiar, me procurar, me desejar e quem sabe, me amar. Da forma mais absurda, contagiante e penetrante. Só que quando me dei conta, eu ja queria isso mais do que nunca. Queria ouvir, sentir, fazer, olhar, beijar.

Mas quando tudo aquilo se foi, me perguntei, e agora? Um vazio, um aperto, um sentimento, um escuro que entrava na minha alma. Aquilo que não foi, que poderia ter sido, ou que ainda é, e faz parte de mim, como uma parte que dormia.

Eu gostava, ou gosto, da maneira que mexia, sacudia, estremecia meu coração. Me impulsionava, me consumia, me vencia. Era como se eu não tivesse controle das minhas ações, algumas vezes, nem das minhas reações.

Justo eu, que, sempre fui concentrada, centrada, entendida. Na verdade, eu me entendia, os outros é que não entendiam. Eu sou envolvida, elétrica, impulsiva, as vezes tímida, muito sensível, leoa e leonina,  temperamental e imperfeita. Sou assim, exatamente assim, como uma flor, vulnerável e as vezes imprevisível.

Mas se um dia, você voltar, que não seja pra me abandonar, que seja pra fazer o café que você gosta, com o beijo que eu adoro, com o sentimento que só nós entendemos, com o toque que curtimos, com a poesia escancarada, com a vida entrelaçada.