domingo, 4 de agosto de 2013

Dos desabafos aos sonhos inacabados

O tempo passa. E as marcas ficam. É como se todos esses anos tivessem apenas ficado na memória. Em uma parte dela que quando me lembro, só do seu nome, já começo a flutuar. Me lembro dos sorrisos tímidos quando nos encontrávamos, dos papos furados, das risadas sinceras, dos olhares fulminantes, e da vontade de beijar. Ahh, essa era a maior vontade quando te via, pois era como se a vida não tivesse graça se eu não te olhasse e não sentisse essa vontade louca de te ver, de te abraçar, de cair nos seus braços e de te beijar.

Naquela noite, a última em que nos encontramos, senti um leve nervosismo no ar. Minhas pernas estavam bambas, minhas mãos geladas, meu coração na boca, mas muito...muito feliz por te encontrar. Não via a hora de passar os minutos, os segundos só pra te ver. Foi então, que estava ali, no ponto marcado, ansiosa e esperançosa. Quando te vi, parecia que não existia ninguém mais a nossa volta, era só você e eu. Nos abraçamos, e por um minuto senti que você estava tão nervoso quanto eu. A única certeza que eu tinha, é que ali existia um amor.

Eu poderia ter ficado horas só sentindo o calor dos seus braços, o cuidado, a alegria constante em te ver. Depois de algumas horas de conversa, senti que algo te prendia, algo, ou alguma coisa que fosse muito mais importante, talvez. Seu riso sincero ficava triste, e eu ficava confusa, mais uma vez.

E assim, me perco nas lembranças, me perco em um amor que talvez jamais pudesse entender por que viver separado dele é mais fácil do que junto. As juras de amor, as cartas com confissões e corações que depositamos, as conversas escondidas de madrugada, as ligações, os chats, e o último beijo. Por que esquecer de algo tão sincero? Do frio da barriga às borboletas no estômagos, dos nossos encontros escondidos, da nossa conclusão de que estávamos completamente apaixonados. É tanta lembrança, tanta história, que talvez, como você mesmo disse um certo dia, daria um livro. Mas no meu livro, com toda certeza, teria feito dessa história um final feliz.








domingo, 9 de setembro de 2012

Sentimentos, passagens, confusões e algo mais

Não que isso fosse algo que me incomodasse, não, de maneira alguma. Eu acordei um dia, escovei os dentes, me troquei, tomei café e sai, em busca de alguma coisa. Algo que nem eu mesma sabia o que era, que me corroía por dentro, que me procurava, que me assediava. Eu gostava daquilo e ao  mesmo tempo, não sabia até onde poderia me levar.

Deixei me envolver, me iludir, me tripudiar, me procurar, me desejar e quem sabe, me amar. Da forma mais absurda, contagiante e penetrante. Só que quando me dei conta, eu ja queria isso mais do que nunca. Queria ouvir, sentir, fazer, olhar, beijar.

Mas quando tudo aquilo se foi, me perguntei, e agora? Um vazio, um aperto, um sentimento, um escuro que entrava na minha alma. Aquilo que não foi, que poderia ter sido, ou que ainda é, e faz parte de mim, como uma parte que dormia.

Eu gostava, ou gosto, da maneira que mexia, sacudia, estremecia meu coração. Me impulsionava, me consumia, me vencia. Era como se eu não tivesse controle das minhas ações, algumas vezes, nem das minhas reações.

Justo eu, que, sempre fui concentrada, centrada, entendida. Na verdade, eu me entendia, os outros é que não entendiam. Eu sou envolvida, elétrica, impulsiva, as vezes tímida, muito sensível, leoa e leonina,  temperamental e imperfeita. Sou assim, exatamente assim, como uma flor, vulnerável e as vezes imprevisível.

Mas se um dia, você voltar, que não seja pra me abandonar, que seja pra fazer o café que você gosta, com o beijo que eu adoro, com o sentimento que só nós entendemos, com o toque que curtimos, com a poesia escancarada, com a vida entrelaçada.








terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dentro do coração

Eu preferia dizer que o sentimento não acaba, que ele dura pra sempre e fica guardadinho ali, no fundo do peito, amassadinho, no cantinho, esperando o dia de você se lembrar dele e carregar ele junto de vc,do seu lado, do seu jeito. Lembrei do dia em que vc me abraçou e disse, mexendo em meus cabelos, o quanto vc me amava, e eu como sempre, duvidei daquele jeito estabanado de dizer "eu te amo', olhando nos meus olhos como se fosse sempre a primeira vez que vc me visse. É tão estranho saber que hoje somos meros conhecidos, que se encontraram e se apaixonaram, mas que ao esbarrar mais uma vez naquele metrô, agimos como se tivessemos sido nada um pro outro; Um vazio atormentou meu peito quando te vi ali, por acaso, sem querer, enquanto eu lia um livro sore como poderia te amar menos sentada no vagão, sonhando com o dia que te veria de longe, e vc correria para os meus braços dizendo "Eu nunca te esqueci".
Mas não, na versade foi meu coração que nunca te esqueceu, e nunca fez questao de fazer vc sumir completamente dele. Guardei suas palavras e seus suspiros a sete chaves, como se fosse uma pedra preciosa prestes a se quebrar, mas eu guardei, e continuo guardando vc, dentro de mim, mesmo meu coração estando apertado de tanta dor por não ter vc ao meu lado.
Vc então me olhou, com um olhar vazio, de quem ja não me conhecia mais, e eu te olhei como se fosse a ultima vez que veria o meu grande amor, tão distante, tão surreal e tão longe de mim. Mirei seus olhos, que rapidamente se cruzaram aos meus, e me levantei, prestes a sair para aproxima estação, com aquele livro na mão, olhando pra trás ate o ultimo minuto e dar o ultimo suspiro. A porta então se abriu, e eu sai, esperando que vc corresse até mim e dissesse "Eu ainda me lembro do nosso amor, de vc, e de nós dois" Mas vc só ficou me observando, e se quer me disse Adeus. Saí com o coração magoado, e enquanto o trem se movimentava, eu o via ali, sentado, com o olhar triste, aquele mesmo olhar da última vez em que te vi, quando prometemos um ao outro nunca se esquecer do nosso pacto, o pacto de nunca se esquecer de nós dois. O amor ali havia se acabado, as juras se apagaram....e eu mais uma vez, fiquei sozinha, naquela estação, andando rumo a minha vida, sendo forte o bastante pra ficar de uma vez por todas, sem vc!
Mas se um dia vc pensar em mim, e quiser md ligar só pra ouvir a minha voz, eu nao vou ligar, juro que não vou, vou ficar contente em ouvir e sentir novamente o timbre que me fazia arrepiar com um simples "Olá".

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tão Perto e tão longe.

A Saudade batia no peito toda vez que ela se lembrava dele, assim que baixava a temperatura e aquela tarde vazia de outono tornava-se noite, ela sentia saudades daquele amor inacabado em suas memórias e no seu jeito doce de reviver aquilo que estava guardado em seu coração.

Sozinha, recordava aqueles momentos bons que passaram enquanto estiveram juntos, aquelas tardes maçantes de risadas e mais risadas, pois sim, ele a fazia rir como ninguém nunca tinha feito antes, o toque macio envolvendo suas mãos e o jeito que ele tocava seu rosto faziam com que ela fechasse os olhos e tentasse sentir o toque de seus dedos passando delicadamente pelo seu rosto e pela sua boca.

Ela ainda se lembrava aquele cheiro doce dos seus cabelos quando eles se abraçavam e das caretas que ele fazia só para faze-la sorrir, enquanto ela mirava em seus olhos claros que ela adorava quando retribuia os olhares..

E então ela acordava, acordava daquele sonho que queria tanto que tivesse se tornado realidade, mas aquelas lembranças as vezes pareciam tão verdadeiras, que ela o sentia perto e longe ao mesmo tempo. Perto, por ainda sentir o cheiro doce dos seus cabelos lisos e jogados pra frente, e o gosto de morango que sentia quando beijava a sua boca. Longe, por que ele ja nao habita mais sua vida como de costume, e talvez nem se lembre dela pois a distancia ja pode ter afetado a saudade que provavelmente um dia pode ter existido...

O para sempre, afinal....sempre acaba?



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amor próprio nos trancos e barrancos

O dia raiou....e Isabela acordou com uma vontade de sentir-se livre outra vez. Colocou os pés no chão....saltou do colchão em busca de uma roupa que pudesse lhe agradar e pensou que não era ali o seu lugar! Saiu para o seu trabalho pensando"Como me fazer viva novamente?" pensando bem, que mal teria sair e se divertir ja que o amor dos seus sonhos...só existia mesmo em sonho?

E então vem o amigo, um acaso ou um caso, como preferir e a faz refletir que talvez enquanto estivesse com os errados, seria a melhor maneira de esquecer os certos...então,ela fez o que qualquer mulher faria...foi se divertir.

Entre beijos, amassos e talvez um pouco de sorte...ambos ja se encontravam entrelaçados na cama. No meio da madrugada, ela não dormia, e pudera, depois de fazer algo que talvez ela detestasse em meio de suas memórias do passado, ali, com um dos seus melhores amigos, a situação não podia ter sido melhor.

Ela gostava da sensação de ser desejada, e não de ser tripudiada! E essa sensação era algo que talvez não quisesse sentir nunca mais. Ao deixa-lo ali, enquanto dormia, foi ate a janela onde se encontravam a lua e as estrelas, pensou que mais uma vez, pudesse ser feliz outra vez. E por que não? Por que não ser feliz sozinha? Por que não se amar completamente a ponto de não desejar ter outra pessoa ali, do seu lado? Sim, ela aprendeu a se amar mais que ninguém depois de coisas que tivera passado. Ela aprendeu a ser ela mesma....Aprendeu o que poderia ser, com um amor maior do que tudo, o AMOR PROPRIO.

Depois de tanto pensar, que talvez ainda gostasse dele...o cheiro do cigarro começou então a lhe incomodar...foi o suficiente para que voltasse a realidade, foi então deitar, abraçada, com aquele talvez "meio amigo caso do acaso". Ela se sentiu bem, forte, e decidida!
Por que não tentar beijar os sapos, para que uma hora não se torne o princípe que ela tanto desejava?

Ela então, adormeceu...e mais um dia amanheceu!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Carta para quem já não conhece mais....


Ela pensou, em quantas mudanças tivera desde o seu utimo encontro..! Ele não sabe neste meio tempo, o quanto ela mudou, o quanto ela viveu, o quanto ela seguiu em frente, o quanto ela sentiu saudade.

Ela percebeu, que ele ja não sabia quantos livros ela podia devorar em uma semana, qual o chocolate preferido que ela gostava de comer, qual o perfume que ela gostava de usar, qual a cor de unha preferida que ela gostava de pintar, nem mesmo que seus cabelos cresceram nesse meio tempo, e ela não teve a coragem de cortar. Ela ainda gosta de chocolate branco como ninguém, e se arrisca a derrete-los no microondas e comer de colherinha como se ela tivesse tido a única idéia do planeta. E mesmo assim ela pensou: "Ele talvez não se lembre mais de detalhes sobre mim"



Ele ja não sabe mais os passos que ela dá, os locais que ela gosta de frequentar, e as músicas que ela gosta de ouvir....talvez não recentemente. E que ao tirar os fones de ouvido, ela arranca pelo menos metade dos fios de seus cabelos que permanecem enrolados no fio. Ela continua desajeitada, mas nunca mal arrumada. Continua roendo as unhas quando fica nervosa, e se esta ansiosa suas mãos ainda gelam como pedras de gelo, e seu coração ainda voa para a boca, e ela ainda pensou "Talvez disso ele ainda se lembre"

Se ele ainda se lembrar, ela ainda gosta de poesias, de romantismo e de cartas de amor, gosta do som de musicas romanticas e de comentarios doces ao pé do ouvido. Ela leu, releu e desejou, por alguns segundos, que ainda se lembrasse dos olhares amoros e carinhosos que trocavam ao longo de encontros e desencontros....

E fica aqui escrita essa singela carta, para o destinatario que talvez não se lembre do remetente, porém que possa servir de inspiração para outros remetentes..que ainda amam e acreditam que talvez um dia, eles a leiam...e se lembrem dos pequenos momentos que restam dentro do coração :)


segunda-feira, 21 de março de 2011

A espera o Acaso...


Por um bom tempo, ela estava começando a desacreditar no amor, por ele simplesmente passar longe de sua vida. As decepções amorosas a fizeram ficar mais fria, a desacreditar que um amor de Romeu e Julieta pudesse existir de verdade...mas qual é a verdadeira historia de amor? Aquela que existe em filmes e seriados, ou aquelas vividas por pessoas reais que tentam curar suas feridas românticas em outras tão profundas quanto as do passado?

Existiam marcas incuráveis que talvez ela tentasse esquecer mas que estavam ali, sempre presentes....na memória incansável de uma jovem que ainda acredita que o amor existe. Tentei inúmeras vezes dizer àquele coração partido que coisas novas virão, amores errados talvez, ou certos quem sabe, mas que ainda farão cicatrizar aquela saudade que ela sente de estar com aquele que ela tinha afinidade, respeito, carisma....talvez, o amor, que ela jamais sentiu por outra pessoa!

Ter amores de infancia são com certeza lembranças de uma idade em que toda garota gosta de sentir, e de contar nos anos seguintes que teve um amor adolescente que fez pulsar o coração...mas o amor jovem, maduro, consciente, é aquele que dói mais que um amor adolescente...Pois passamos a ter consciencia de que ou aquilo a fará sofrer de verdade, ou aquilo lhe fará ser feliz! Você passa a não querer mais brincadeiras, nem jogos de sedução que antes, talvez, você suportava.

E quando aquele amor mais velho...jovem, sem sentido simplesmente não pode acontecer, ela se tranca em suas memórias,e sem querer, pensa num passado, não tão distante, a fazendo sonhar com um futuro que talvez nunca possa existir..

Ela sonhou tanto, acreditou tanto que no fundo poderia ser diferente, que ao se despedir de sua velha infancia esqueceu que os motivos da despedida eram muito maiores que o amor que sentiam um pelo outro, e se deixou levar pelas palavras e beijos apaixonados daquele que ambos juraram ser para a vida inteira.

Mas, se foi realmente amor, por que afinal não estiveram juntos?

A vida é muito mais do que perguntas e respostas, para entender, basta vive-la intensamente e estar atento aos sinais. Ela nunca entendeu, porém, acredita que se realmente for amor verdadeiro de ambos, a vida daria um jeito de unir os caminhos de cada um novamente.O destino une as passagens da vida em que cada um deverá seguir.

Eu acredito no amor, tanto quanto ela ainda acredita, mesmo que aquilo que possa ser impossivel, o coração faz com que um dia, seja possível..

E pensar que ela...estava começando a desacreditar no amor....